domingo, 15 de junho de 2008

Consumo de Madeira de Florestas Plantadas em SP dobrou em dez anos

Proprietários de terras em São Paulo, que reservaram uma parte da área para o plantio de eucalipto não se arrependeram. Como o eucalipto está pronto para corte em sete anos, enquanto a árvore crescia eles viram os preços dobrarem. De 2000 a 2007, de acordo com levantamento do Instituto de Economia Agrícola, Fundação Florestal e Florestar São Paulo, os preços de madeira de florestas plantadas (eucalipto e pinus) no Estado cresceram 117% para o fornecimento às indústrias de celulose e chapas, entre 2000 e 2007. O fornecimento às serrarias teve aumento bem menor no período, de 25% - já que avançaram mais anteriormente (60% em dez anos) e tem valor entre 2 a 3 vezes mais elevado do que o produto destinado ao processamento industrial. Segundo o pesquisador do IEA, Eduardo Pires Castanho Filho, o consumo de madeira de florestas plantadas no estado pelas indústrias do setor dobrou em dez anos, somando 24,84 milhões de estéreos em 2007. No mesmo período o consumo total (incluindo serraria e energia) passou de 26,52 milhões de estéreos para 44,25 milhões com alta de 67%. O estudo foi desenvolvido nos termos do nos termos do Protocolo de Cooperação Técnica assinado entre o Florestar São Paulo, Instituto de Economia Agrícola e Fundação Florestal e abrange o período de 1992 a 2007. Não é à toa que a produção de madeira para abastecer a indústria tem atraído cada vez mais produtores rurais no Estado de São Paulo e as indústrias de celulose e chapas vêm estimulando a atividade. "Por meio de programas de fomento florestal, os produtores recebem as mudas e têm garantia da compra da madeira, em condições previamente estabelecidas", afirma o diretor-executivo do Florestar São Paulo (Fundo de Desenvolvimento Florestal), Luiz Henrique Camara. Levantamento feito pela entidade mostra que a produção de madeira de terceiros já abastece entre 8% a 20% da necessidade de matéria-prima das indústrias de papel, celulose e painéis de madeira do Estado. E quase todas as empresas que atuam no Estado têm planos para expandir essa participação.

Autorizado Concurso Ibama e Icmbio - 400 Vagas

PORTARIA Nº 135, DE 4 DE JUNHO DE 2008Autoriza a realização de concurso público e o provimento de cargos deAnalista Ambiental dos Quadros de Pessoal do Instituto Brasileiro doMeio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e doInstituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio.O MINISTRO DE ESTADO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO, no uso desuas atribuições e tendo em vista a delegação de competência previstano art. 2º do Decreto nº 4.175, de 27 de março de 2002, resolve:Art. 1º Fica autorizada a realização de concurso público e oprovimento de quatrocentos cargos de Analista Ambiental dos Quadros dePessoal do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos RecursosNaturais Renováveis - IBAMA e do Instituto Chico Mendes de Conservaçãoda Biodiversidade - ICMBio, conforme discriminado no Anexo a estaPortaria.Parágrafo único. O provimento dos cargos deve obedecer às quantidadesdescritas no Anexo a esta Portaria, sendo que no exercício de 2009 oingresso deverá ocorrer a partir do mês de janeiro.Art. 2º A realização do concurso público e o conseqüente provimentodos cargos nas quantidades previstas no art. 1º estão condicionados:I - à existência de vagas na data de publicação do edital de aberturade inscrições para o concurso;II - à declaração do respectivo ordenador de despesa, quando doprovimento dos referidos cargos, sobre a adequação orçamentária efinanceira da nova despesa com a lei orçamentária anual e suacompatibilidade com a lei de diretrizes orçamentárias, demonstrando aorigem dos recursos a serem utilizados;Art. 3º A responsabilidade pela realização do concurso público para oscargos relacionados no art. 1º será do Presidente do IBAMA e doPresidente do ICMBio.Art. 4º As normas específicas relativas ao concurso público serãobaixadas pelas autoridades mencionadas no art. 3º, mediante apublicação de editais, portarias ou qualquer outro instrumento legal.Art. 5º O prazo para publicação de edital de abertura para realizaçãodo concurso público será de seis meses contado a partir da publicaçãodesta Portaria.Art. 6º O não cumprimento das disposições contidas nesta Portaria e naPortaria MP nº 450, de 6 de novembro de 2002, implicará o cancelamentodesta autorização, bem como a suspensão do certame em qualquer fase emque se encontre.Art. 7º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.PAULO BERNARDO SILVAANEXOEntidadesQuantitativo2008 2009IBAMA 95 95ICMBio 105 105Total 200 200

Silvicultura vinculada a Pasta do Ministério da Agricultura

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Reinhold Stephanes assina, no próximo dia 18, a ata de instalação da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Silvicultura. A solenidade acontece na sede da Embrapa, em Brasília (DF). A iniciativa é um marco para o setor de florestas plantadas no Brasil e confirma o interesse de Stephanes em vincular a silvicultura em sua pasta. "Eu vejo esse setor, como setor de produção. Gostaria, inclusive, de ver políticas florestais editada pelo ministério", ressaltou o ministro em entrevista exclusiva à Painel Florestal. Para o diretor-executivo da Associação Brasileira de Produtores de Florestas (ABRAF), Cesar Reis, este é o primeiro passo para o reconhecimento da silvicultura como atividade agrícola. "Estamos confiantes no papel que esse grupo poderá desempenhar discutindo políticas de florestas plantadas, tratando o setor como ele deve ser tratado", ressaltou Reis lembrando, inclusive, que essa é uma reivindicação antiga da Abraf. Nesse sentido tramita, na Câmara Federal, o Projeto de Lei nº 3.482, de autoria do deputado José Santana de Vasconcellos (PR-MG). Aprovado pela Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Desenvolvimento Rural, o Projeto de Lei está sendo analisado pela Comissão de Finanças e Tributações."A floresta plantada é como qualquer atividade em que você planta e colhe e, além disso, preserva as matas nativas", justifica o deputado federal. Para José Santana, sob a responsabilidade do Ministério da Agricultura, o setor poderá contribuir ainda mais com o desenvolvimento do país.A Câmara Setorial será composta por representantes de entidades florestais de diversos estados, universidades, Embrapa, CNA, INMETRO e dos ministérios da Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Meio Ambiente e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.Para a solenidade de instalação da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Silvicultura estão sendo esperadas as presenças de deputados federais, senadores e de entidades e instituições convidadas como SEBRAE e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

terça-feira, 10 de junho de 2008

Os Rumos da Madeira Produzida no Paraná

Depois de ver despencar as exportações para os Estados Unidos nos últimos dois anos, a indústria da madeira no Paraná tenta diversificar destinos de exportação e investir também no mercado interno, disposta a aproveitar o bom momento vivido pela construção civil no Brasil. Maior produtor nacional de compensado de pinus, o estado amplia as vendas para mercados como Europa, Oriente Médio e África. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), que congrega o setor, a Europa já assumiu o primeiro lugar no ranking dos maiores importadores do Brasil. No primeiro bimestre de 2008, dos 313 mil metros cúbicos de compensado de pinus exportados, a Europa respondeu por 246 mil metros cúbicos (78,6%) contra 28,9 mil (9,2%) dos EUA. África e Oriente Médio, juntos, compraram 13,1 mil metros cúbicos. “De maneira geral, com exceção dos EUA, os demais mercados continuam aquecidos. Na Arábia Saudita, por exemplo, o mercado de construção de prédios comerciais e de obras de infra-estrutura está puxando a demanda”, diz Luiz Carlos Reis de Toledo Barros, da Brazilian Best Woods (BBW), empresa que representa indústrias madeireiras no exterior. O baixo ritmo de produção de casas nos EUA, considerado o menor dos últimos dez anos, e a desvalorização do dólar vêm afetando principalmente as vendas externas de compensado de pinus, portas e molduras usados na construção civil. O Brasil, que enviava 1,165 milhão de metros cúbicos de compensado de pinus para os norte-americanos em 2005, embarcou no ano passado 347 mil metros cúbicos. Além da redução da demanda, o dólar fraco deixa mais caros os produtos brasileiros no mercado norte-americano, o que contribuiu para diminuir a participação dos EUA na pauta de exportações. Uma das maiores indústrias do setor, a Berneck, de Araucária, na região metropolitana de Curitiba, deixou de exportar madeira serrada para os EUA e hoje tem na Europa, no México, na África e na Ásia seus principais mercados. Um dos objetivos, segundo o gerente de exportações, José Aluízio Malagutti, é aumentar o fornecimento para o mercado interno, que hoje consome menos de 10% da produção, de 10 mil metros cúbicos por mês. “Com o boom da construção civil, o mercado nacional voltou a ser atrativo”, diz. A Lavrasul Compensados e Laminados, que fabrica compensado de pinus e tropical, tem planos de dedicar entre 35% e 40% da produção mensal para o mercado brasileiro, segundo Isac Zugman, diretor comercial da empresa. “Buscamos diversificar mercados e investir em produtos de maior valor agregado por causa do câmbio. Quando a crise veio, já não nos afetou tanto”, diz Zugman. Com fábricas no Paraná e em Santa Catarina, a empresa acaba de lançar um kit completo de portas de madeira, voltado para o mercado interno. O objetivo é produzir 20 mil unidades por mês. Nos últimos dois anos, grande parte do setor madeireiro nacional teve que reduzir a produção, enxugar custos e cortar vagas por conta da queda da demanda nos EUA e pelo câmbio desfavorável. “Sentimos os efeitos antes da crise chegar ao mercado financeiro”, diz Antonio Rubens Camilotti, presidente da Abimci. Dono de fábricas de compensados e de portas, Camilotti também está buscando contrabalançar a queda na demanda norte-americana com outros mercados. Da produção de 500 mil portas por ano, metade passou a ficar no Brasil. Na área de compensados, 90% da produção de 4 mil metros cúbicos por mês vai para a Europa. As empresas admitem que o potencial do mercado interno, no entanto, é limitado, uma vez que, ao contrário do que se verifica nos EUA, aqui a construção de casas de madeira não é tradicional. A principal aplicação está no mercado de embalagens. “O volume de compensado que pode ser absorvido pela demanda nacional não supera 20%, diz Camilotti.
Fonte: Abimci

segunda-feira, 9 de junho de 2008

CASSADA LIMINAR DA FIEP AUDITORIA COMPULSÓRIA

Os Desembargadores integrantes da 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná deram provimento a Recurso de Apelação interposto pelo Instituto Ambiental doParaná, no Mandado de Segurança impetrado pela FIEP contra a legislação que criou asauditorias ambientais compulsórias. Como dito em notícias anteriores, a FIEP ingressou com a medida judicial parasuspender a entrega dos laudos da Auditoria Ambiental Compulsória, que as empresasdeveriam entregar ao IAP, por força da Lei 13.448/02, Decreto 2.076/03 e Portariasposteriores do IAP, sob o argumento de que tais laudos seriam uma forma de asempresas produzirem provas contra si mesmas, o que violaria a Constituição Federal. Naquele processo o Juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba deferiu a liminar,impedindo que o IAP efetuasse a cobrança das referidas auditorias nos procedimentosde renovação de licenças. Tal liminar foi confirmada, em sede de sentença. O IAP recorreu, e o Tribunal de Justiça, ao dar provimento ao recurso, entendeu que"a auditoria ambiental compulsória (...) se coadunam [sic] perfeitamente com osistema jurídico de proteção ao meio ambiente". De tal decisão, a FIEP opôs embargos de declaração, recurso com objetivo de exaurira matéria, para então interpor Recursos Especial (para o Superior Tribunal deJustiça) e Recurso Extraordinário (para o Supremo Tribunal Federal). Por enquanto, com a decisão do Tribunal de Justiça, passa a ser exigível a entrega,ao órgão ambiental, do relatório de auditoria ambiental compulsória, até que osTribunais Superiores examinem a matéria.

CURSO ATSG

MANEJO FLORESTAL, a Academia Tecnológica de Sistemas de Gestão (ATSG),
empresa especializada em conduzir treinamentos na área de sistemas de
gestão, promove em Curitiba o curso para Formação de Auditores Líderes de
Sistemas de Manejo Florestal - "Lead Assessor NBR 14789:2001 e NBR
15789:2004" com 40 horas-aula, no período de 14 a 18 de julho. Além
de material didático diferenciado, o treinamento da ATSG tem uma abordagem
essencialmente prática e participativa, em um ambiente propício à troca de
experiências e com instrutores altamente qualificados. Mais informações e
inscrições pelo telefone: (51) 3333.4440 ou pelo site: www.atsg.com.br

domingo, 8 de junho de 2008

ANÁLISE DA OFERTA DE MADEIRA PARA FINS INDUSTRIAIS

A Secretaria de Estado da Ciência Tecnologia e Ensino Superior do Estado do Paraná publicou um excelente material intitulado “Análise da oferta de madeira para fins industriais - APAGÃO FLORESTAL” .Este projeto foi executado pelos professores Anadalvo Juazeiro dos Santos (ajsantos@ufpr.br), Ricardo Berger (berger@bighost.com.br) e Romano Timofeiczyk Junior (romano@ufpr.br) da UFPR, com recursos do Fundo Paraná, como projeto estratégico. O seu relatório pode ser amplamente divulgado desde que com a devida citação bibliográfica dos professores e da utilização de recursos do Fundo Paraná para sua realização. O Corodenador geral da unidade gestoral é nosso colega Professor Nivaldo Eduardo Rizzi

sábado, 7 de junho de 2008

Bancada Ruralista Tenta Derrubar Regras contra Desmatamento

Com um projeto de decreto legislativo, de número 13, setores do agronegócio articulam derrubar, no Congresso, as principais medidas de combate ao desmatamento na Amazônia, como o corte de crédito rural e o embargo à produção em áreas devastadas.
"A minha expectativa é aprovar", disse a senadora Kátia Abreu (DEM-TO). "Se querem fazer (o combate ao desmatamento), podem fazer, mas arrumem uma lei”. O alvo do projeto apresentado por Kátia Abreu é o decreto 6.321, assinado em dezembro pelo presidente Lula. O decreto estabeleceu as principais medidas de combate ao desmatamento na Amazônia, em resposta aos primeiros sinais da retomada do ritmo acelerado da devastação. O projeto tem apenas dois artigos. Se aprovado, sustará cinco artigos do decreto de Lula. Como se trata de uma iniciativa exclusiva do Congresso, não há possibilidade de veto do presidente. A conseqüência da medida seria a nulidade dos principais mecanismos de combate ao desmatamento. O bloqueio do crédito rural a produtores que tenham desmatado ilegalmente suas propriedades, regulamentado por resolução do Banco Central, seria só uma das vítimas da ação em curso. A regra, cuja entrada em vigor está prevista para 1º de julho, enfrenta forte pressão contrária do agronegócio, e teve origem no decreto de Lula. A proposta também acaba com a exigência de recadastramento dos imóveis rurais na Amazônia, mecanismo que tem por objetivo permitir a identificação dos responsáveis pelo desmatamento ilegal. Acaba também com a punição imposta a quem não fizer o recadastramento - cerca de 80% dos proprietários de terras até o momento: a inibição do cadastro rural. Caso venha a ser aprovado, o decreto também impediria o embargo de propriedades, assim como da produção feita em área desmatada ilegalmente. Somente neste ano, o Ibama embargou 331 propriedades, equivalente a 700 km2. O instituto já apreendeu 4,3 mil toneladas de grãos e programa a apreensão de gado. O principal argumento de Kátia é que o decreto de Lula "ofende a livre iniciativa" ao impor punições além de multas e aumento de impostos, sem recorrer a novas leis. A liderança do governo no Senado informou que a orientação do Planalto é derrubar a proposta dos ruralistas, mas não há maioria folgada. O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) caça votos.
Fonte: Folha Online