domingo, 28 de setembro de 2008

Ganhar dinheiro com créditos de carbono

O empresário paulista Juarez Cotrim, proprietário da indústria de tijolos Cerâmica Luara, descobriu em 2005 uma oportunidade de negócio ambientalmente sustentável: o mercado de créditos de carbono. O primeiro passo foi adaptar a indústria para cumprir os padrões de emissão de CO2. Produzindo mais de 400 mil tijolos por mês, a cerâmica substituiu as lenhas nativas que eram usadas na queima pela biomassa, um pó de serra feito somente de madeiras de reflorestamento que polui menos o ar. Essas mudanças garantiram à empresa, em 2007, a aprovação de um projeto para a venda de créditos de carbono. Esse mecanismo de mercado, criado pelo Protocolo de Kyoto, permite que empresas que reduziram as emissões de gases que contribuem para o efeito estufa possam vender esses créditos a companhias de países desenvolvidos. Até agora a Cerâmica Luara vendeu mais de 30 mil toneladas de CO2 no mercado de créditos de carbono. A primeira venda, de 23,7 mil toneladas, foi fechada com os Estados Unidos, em fevereiro. A segunda foi realizada no mês passado, com a França, e correspondeu a 6.370 toneladas de CO2. Cada tonelada garante o retorno de seis euros. "Investi o dinheiro na própria empresa. Troquei o maquinário de produção e modifiquei a parte elétrica para reduzir mais o consumo de energia", afirma Cotrim. Segundo ele, a mudança de postura faz parte de uma tomada de consciência em relação ao futuro do planeta. "Ficamos preocupados, com medo de que nossos filhos não tenham os mesmos recursos naturais ou que não conheçam algumas espécies", destaca o empresário. "Estamos contribuindo de duas maneiras com preservação do meio ambiente. Primeiro, deixando de queimar a lenha nativa estamos contribuído ao não desmatamento. E segundo, queimando a biomassa estamos contribuindo com a diminuição da poluição", destaca. A conquista da empresa Cerâmica Luara serve de exemplo para os empresários que desejam aproveitar as oportunidades de negócios rentáveis e ecologicamente corretos. "Estou fazendo a minha parte e espero que outros empresários façam o mesmo. Hoje estão pagando para protegermos o meio ambiente. No futuro, podem nos proibir de trabalhar se não deixarmos de poluir", acredita. A Cerâmica Luara, há 20 anos no mercado, fabrica tijolos de oito furos e, mais recentemente, também blocos de seis furos. "Hoje temos uma infra-estrutura para atender o município de Panorama e toda a região. Atendemos também outros estados", conta Cotrim. APL O processo de produção sustentável que é praticado na Cerâmica Luara começou com a implantação de um APL (Arranjo Produtivo Local) desenvolvido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O APL possui 72 empresas de cerâmicas vermelhas nas cidades de Ouro Verde, Panorama, Paulicéia, Presidente Epitácio e Teodoro Sampaio. O objetivo é que as cerâmicas trabalhem em conjunto, em prol da rentabilidade e da produção sustentável. Além da Luara, outras nove empresas do setor de cerâmicas vermelhas que integram o APL também adaptaram suas produções e já estão em processo de certificação para comercializar créditos de carbono. Com isso, espera-se atrair mais investidores desse mercado para a região. Contato Telefone: +55 (18) 3871-3177 Site: www.ceramicaluara.com.br
E-mail: ceramicaluara@hotmail.com

3 comentários:

Anônimo disse...

Adoro essas not+icias que envolvem meio ambiente...escreva sempre ta?

Unknown disse...

Senhor CARLOS A. VANOLLI.

gostei do seu blogger...

nossa como eu queria trabalhar na area ambiental. pena que Aqui no estado de Rondônia não tem muita consultorias que prestem serviços geral na àrea do meio ambientais!

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Visando a minha formação em Gestão Ambiental (c/ resgistro no Conselho Regional de Química - CRQ)... procuro uma oportunidades de emprego no diz respeito ao meio ambiente.

Venho através deste solicitar de Vossa Senhoria ,se souber de alguma informação sobre o assunto, entrar em contato mandando e-mail (fabriciopascoal@gmail.com)!!!

desde já agradeço!


Fabrício de Oliveira Pascoal
Gestor Ambiental

Val disse...

Tenho um terreno de mata vigem quero vender